A qualidade da água das piscinas!

No verão, com a forte onda de calor, o número de pessoas que utilizam piscinas, frequentam parques aquáticos e clubes aumentam consideravelmente, mas como saber se a água desses locais está adequada para o uso, e livre de qualquer contaminação? Pouca gente sabe, mas segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de 85% das doenças no mundo são transmitidas pela água. A ineficácia ou ausência de higienização nas águas podem causar uma lista de enfermidades, mas por outro lado o excesso de produtos químicos também costumam causar alergias e irritações cutâneas, olhos vermelhos, cabelos ressecados e descolorados, etc.

É comum, quando uma mãe leva o filho ao pediatra com sintomas de vômito e diarréia, o médico dizer que a criança está com virose. Na verdade, na maioria dos casos, é a contaminação de algum microrganismo pela água. Normalmente nos preocupamos em dar água filtrada para as crianças mas, devemos lembrar que elas também têm contato através das mucosas da boca, com água de chuveiro, da pia quando escovam os dentes e também nas piscinas, uma vez, que é impossível uma criança nadar sem engolir um pouco de água.
O tratamento da água de uma piscina, ou tanques de recreações aquáticas é realizado da mesma forma, variando apenas o volume de água tratada e a relação usuário x volume de água. Uma regra simples determina, quanto maior for o número de usuários, maiores serão os cuidados no tratamento da água de uma piscina.

Carlos Heise da Panozon, explica que o tratamento de uma piscina pode ser dividido em duas partes: limpeza de sujeiras sólidas (folhas, fios de cabelo etc.) que são removidos pela filtração simples e contaminantes dissolvidos na água ou pequenos demais para serem retirados na filtração (urina, secreções, suor, microrganismos etc.). Para a eliminação destes últimos contaminantes, podem-se usar várias tecnologias complementares ao cloro. “É importante notar que sempre é necessário manter-se o residual de cloro na água, mesmo utilizando-se outros processos complementares”, ressalta.

 

Tipos de tratamento
De acordo com Vinicius Ciocci, representante da Pure Water, o tratamento de piscinas em sua maioria ainda é feito por Cloro e outros produtos químicos (Algicida, Clarificante, Floculante, etc). Mas isso vem mudando ao longo do tempo, hoje existem outras formas de cuidados, como Ionização (Íons de Prata e Cobre), Ultravioleta (Luz ultravioleta) e Ozonização (gás ozônio), que são muito mais ecológicos pois não utilizam produtos químicos nocivos à saúde.
Cloração: Tratamento manual, necessita acompanhamento diário e correção frequente dos parâmetros da piscina (PH, Alcalinidade etc.). Tem residual ativo e mantém a água protegida de contaminação enquanto houver presença de cloro na água. O cloro é dissipado rapidamente em dias com sol intenso ou água aquecida.

Manutenção
O sistema de recirculação e filtração é responsável pela limpeza macroscópica da água da piscina, pois retém partículas que variam entre 20 a 25 micra dependendo do tipo de filtro. O tempo de filtração deverá ser respeitado de acordo com a NBR 10339. A manutenção microscópica da qualidade da água é realizada com produtos químicos e seus parâmetros. O primeiro parâmetro a ser observado é a capacidade de tamponamento do pH da água da piscina, que identificamos como alcalinidade total, cujo parâmetro em água de piscinas deve se situar na faixa de 80 PPM a 120 PPM. Isto é muito importante para a manutenção do pH tamponado na faixa de 7,2 a 7,8 segundo a norma ABNT – NBR10818.
Outro parâmetro também é observado no tratamento de água de piscinas, a dureza da água que é soma dos sais de cálcio que deverá estar na faixa de 250 PPM a 450 PPM, que proporciona melhor transparência e brilho da água. “Respeitado estes parâmetros todos os agentes químicos adicionados à água da piscina funcionarão muito melhor, vide a presença do ácido hipocloroso (cloro livre) na água da piscina que é decomposto em pH básico. O parâmetro principal é o teor de cloro livre que deverá estar sempre na faixa de 0,8 PPM a 3,0 PPM, constantemente na água da piscina. O produto mais importante utilizado é o composto liberador de cloro. Cada fabricante utiliza formulações químicas que conferem aos seus produtos características especiais e exclusivas, explica Mumme.

No caso do tratamento de água de piscinas por Ionização, a manutenção é muito simples por ser um sistema automático. É necessário apenas fazer medições periódicas (uma vez por semana) em relação ao pH, alcalinidade e nível de cobre na água; isso é feito muito rápido utilizando kit de testes que já acompanham os ionizadores e através de uma fita mergulhada na água. A mudança de cor da fita indica os níveis de pH, alcalinidade e Íons de Cobre e Prata naquele momento. Já o ozônio, não existe necessidade de manutenção nem de dosagem de insumos. O ozônio é gerado a partir do ar ambiente.

 

Por Carla Legner

Edição Nº 17 – fevereiro/março de 2014 – Ano III

Revista TAE

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