Sistema para tratamentos de águas e efluentes em plantas industriais
Nos últimos anos, a questão da água deixou de ser apenas um problema no ambiente doméstico e passou a ser tratada como um impacto global. Desde a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, acontecida em Joanesburgo em 2002, a discussão no âmbito internacional tem influenciado a implementação e adequação de políticas e de legislações em todos os países membros.
Temas que abordam o desperdício e economia, e a disponibilidade e escassez da água são discursos constantes nos diversos setores sociais do Brasil e do mundo. Em meio aos baixos índices de chuva, algo preocupante neste ano de 2021, vê-se a necessidade cada vez maior de avaliar a real responsabilidade pelo tratamento de efluentes de empresas potencialmente poluidoras.
“Tratar” não pode ser entendido como clarificação do efluente. Entenda que este tipo de efluente é caracterizado pela alta carga de DBO – Demanda Bioquímica de Oxigênio, geralmente solúvel. Esse tipo de carga residual não é totalmente susceptível aos tratamentos de clarificação físico-químicos, que visam a remoção de material particulado em suspensão, prescrevendo assim a necessidade de complementação do tratamento por vias biológicas de degradação.
A atenuação biológica se dá pela consumação, por vias metabólicas – catabolismo e anabolismo, da massa carbonácea e dos nutrientes, solúveis ou particulados. Assim, o impacto ambiental é mitigado ao ponto de ser assimilado/diluído pelo corpo receptor.
De uma forma simples, DBO – Demanda bioquímica de oxigênio ou demanda biológica de oxigênio, ou ainda, carência bioquímica de oxigénio (CBO), é quantidade de oxigênio consumido na degradação da matéria orgânica no meio aquático por processos biológicos. Ou seja, quanto maior for a DBO, maior é o consumo de oxigênio para a degradação biológica, e menor será a disponibilidade para a vida aquática.
Tratamento Físico-Químico
Existem diversas tecnologias voltadas ao tratamento físico-químico de efluentes oriundos de abatedouros. Gradeamento, equalização e decantador primário, constituem a parte primária do processo de acepção do efluente. Na parte reacional, o mais usual é o FAD – flotador por ar dissolvido. Como uma das principais características do efluente gerado, é a presença de material que tendem à flotação, esta tecnologia está presente em quase a totalidade das plantas de abate brasileiras. Porém, embora seja um equipamento muito eficiente, se faz necessário a neutralização, coagulação e floculação por meio de reações químicas.
Testes de bancada podem identificar os produtos químicos de melhor performance para o tratamento. Vale salientar, que as variáveis de processo produtivo (tensoativos, produtos sanitizantes, óleos e graxos, proteínas, etc), interferem diretamente na qualidade e composição do efluente, assim, não há forma de elencar produtos e dosagens pré-definidas. O teste de bancada “in loco”, ofertam subsídios de informações que podem impactar na eficiência e no custo do tratamento.
A relação de produtos Rinen Chemical Group, conta com os principais coagulantes, orgânico e inorgânicos, além dos floculantes poliméricos, à base de acrilamidas, comumente chamados de polieletrólitos, de carga catiônica, aniônica e não-iônica, em forma de pó ou emulsão, destinados a suprir as mais variadas demandas.
Tratamento Biológico
O tratamento biológico, que visa reduzir a carga orgânica contribuinte, é dividido entre sistemas aeróbios, sistemas anaeróbios e/ou sistemas facultativos. Basicamente, o que os diferencia é a presença, ou não, de oxigênio no meio, e a disponibilidade de espaço físico.
Em um passado não tão distante, os sistemas biológicos constituídos por lagoas, eram predominantes. Porém, em face da demanda de área física, hoje observa-se sistemas compactos, de alta taxa, e que apresentam maior eficiência devido ao controle operacional. Também, não é incomum, a presença de sistemas conjugados – anaeróbio + aeróbio. Dentre os sistemas mais usuais, temos:
Anaeróbio – Reator Anaeróbio de Fluxo Ascendente (RAFA)
Um reator fechado, onde o tratamento biológico ocorre por anaerobiose, isto é, sem oxigênio. A decomposição da matéria orgânica é feita por microrganismos presentes num manto de lodo. O esgoto sai da parte de baixo do reator e passa pela camada de lodo que atua como um filtro. A eficiência atinge de 65% a 75% e, por isso, é necessário um tratamento complementar que pode ser feito através da lagoa facultativa ou um sistema aeróbio complementar. Neste tipo de sistema há a produção de biogás, que pode ser utilizado como fonte alternativa de energia.
Aeróbio – Lodo ativado
Um tratamento biológico utilizado nas estações de maior capacidade de tratamento. O processo convencional tem como objetivo a remoção da matéria orgânica com uma eficiência de aproximadamente 90% e consiste em duas fases: líquida e sólida. Após o processo de degradação da matéria orgânica nos tanques de aeração e do processo de sedimentação que ocorre nos decantadores secundários, o efluente clarificado é devolvido ao meio ambiente.
Por se tratar de um tratamento extremamente técnico, ambos os sistemas, anaeróbio e aeróbio, estão sujeitos às variações e podem apresentar flutuações operacionais. A Rinen Chemical Group conta com uma equipe especializada para o atendimento e avaliação do seu tratamento. Com o know-how adquirido em mais de 15 anos de pesquisa, desenvolvimento e aplicação de conhecimentos, disponibilizamos aos nossos clientes, soluções nutrientes, microbiológicas e enzimáticas que podem fazer a diferença no processo.
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